Underneath: Qaya #39

- Se o Júpiter souber que atravessámos a barreira ele pode magoar a Catarina - disse Terra. 
- Ele não era capaz - retorquiu. 
- Tu sabes que ele é. Ele pode não querer magoá-la mas é capaz de o fazer. 
- Então vamos ficar aqui parados? 
- Eu sei que custa estar aqui agora, mas vamos fazer o que a Catarina disse - disse-lhe Luna. 
         Mercúrio não queria aceitar aquilo. Não queria ficar parado enquanto a pouco e pouco eles perdiam o controle da situação. Ele começava a pensar que nunca estiveram em controlo sequer. Todos aqueles anos em que julgaram estar a salvo da maldição do Saeva foram uma completa ilusão. Um fogo quente e ardente a subiu-lhe pela espinha mas Mercúrio não podia ceder ao calor. 
- Mercúrio - chamou Luna. 
- Preciso de ir apanhar ar - disse ele. 
- Tu não podes teletrans... 
- Eu sei, descansa - beijou-lhe a testa. - Vou servir-me do teu jardim, Jade. Era ótimo se fizessem uma pizza caseira, hã?
- Também não queres mais nada? - perguntou Úrano. - Um cocktail? Uma espreguiçadeira? 
- Eu chamo-te para acender o forno - respondeu Jade, interrompendo o Planeta. 
- Combinado. 
         Mercúrio abriu a porta deslizante que dava para o jardim grande e aromático de Jade e deixou-se envolver na calma das plantas. O ar húmido estava ensopado em perfume e o céu começava a ficar preenchido de pontinhos brilhantes. Ele ainda se sentia zangado mas tinha a sensação que a morte da Mondy lhe tinha trazido mais que apenas tristeza. 


◄◊►



      Ryan estava prestes a adormecer num dos sofás perto da parede cheia de livros quando Melody gritou:
- Oh meu Deus! 
- Melody, pelo amor da Santa - começou ele.
- Ryan, olha para isto! - ela praticamente colou o livro à cara dele. - Em Qaya existem mais de trinta raças de cavalo e maior parte são diferentes dos nossos - disse ela. 
     Melody estava tão entusiasmada que ele não conseguiu dizer-lhe para o deixar em paz. 
- Mostra-me lá isso - sentou-se.
     Melody saiu detrás do sofá, sentou junto aos pés dele e começou a tagarelar. 
- Não percebo nada do que está aqui escrito mas há imagens de todos os cavalos. Julgo que ele também os criou usando como base os nossos. Muitos deles são semelhantes, especialmente na cor. Aposto contigo que este preto aqui tem tudo para ser um frísio... 
     Ryan nem estava a ouvir o que ela dizia. Talvez por cansaço, preguiça ou outro motivo, ele estava mais interessado na maneira como ela pegava no livro grande e massudo e em como os seus olhos ansiavam pela página seguinte.  O cabelo dela tapava parte do seu rosto apesar de estar preso atrás. A mão dele levantou e a meio do caminho para o rosto dela ela parou. Os olhos da cor do pôr do sol de Melody miraram-no. 
- Estás a ouvir-me, Ryan? 
- Desculpa, estou muito sonolento mas repete. 
- Tens saudades do Danger? Eu por acaso não me tinha lembrado do Ace até agora. 
- Tenho. Mas assim como tu não me tinha lembrado dele até agora. 
- Será que isso faz de nós maus cavaleiros?
- Não - abanou a cabeça. - Talvez um pouco. Acho que temos demasiado na nossa cabeça, também. 
- Pois... 
      Melody encarou a capa do livro, as mãos traçaram o padrão nele cravado. A memória da última vez em que estiveram na equitação passou pela cabeça dos dois. 
- Estamos bem não estamos, Melody? Eu acabei de me lembrar daquele final de tarde na coudelaria. - Ela deixou de o fitar outra vez e um sorriso leve formou nos lábios dela. - O que foi? - perguntou Ryan, a sorrir também.
- És tão parvo... - levantou-se e foi colocar o livro na prateleira. - Bennett - acrescentou num tom de voz brincalhão.  
- Vejam só se não é a Brown a chamar-me pelo apelido. 
- Não me trates assim - disse ela com um sorriso na voz e a encarar os livros. 
- Tu começaste - disse ele. Ryan deitou-se novamente e esticou as pernas que saiam do sofá. - Mas para que conste gosto mais de tratar-te por Melody. 
- Eu também. 

- Está tudo bem, Troy? - Violet fitou-o.  
- Sim e não - disse ele. - Não encontro nenhum livro que nos possa ajudar. 
- O Qaya disse que a biblioteca iria responder às nossas necessidades. Isso não quer dizer que também deveríamos poder ler os idiomas dos livros? 
- Pois, não sei - ele puxou uma cadeira e sentou-se. Mirou os livros ao longo da mesa redonda que nada lhe diziam. Colocou as mãos à volta da nuca. - Parece que estou a correr num caminho onde a única saída é o Saeva. 
- Troy... Não é - Violet sentou-se na cadeira ao lado. - O teu caminho tem duas direcções - a Luz e a Escuridão. Só tens de conseguir distinguir qual seguir - ele ia abrir a boca para falar mas Violet impediu-o. - Eu sei que é difícil. Mas já viemos até aqui. Não achas que conseguimos ir até ao fim? 
     Troy pousou as mãos na mesa e fitou-a. 
- Eu quero acreditar nisso mas não consigo. A única coisa que impede o Saeva de me possuir agora mesmo é a barreira que o Qaya criou. Ele destruiu um Planeta inteiro e tirou a vida duma galáxia. Eu deixei-me levar por ele ainda mais facilmente que o Tema. Imagina se ele tivesse matado a minha família diante dos meus olhos... Eu nem forças para expulsá-lo teria. Tenho a certeza disso. 
     As palavras de Troy derrubaram qualquer pensamento positivo de Violet. Ela estava cercada pela súbita recuperação da outra metade de Troy que esqueceu por completo a magnitude da situação. Troy tinha razão. Saeva podia possuir Troy agora mesmo se não fosse pela protecção da biblioteca. Mas... 
- Troy... o Saeva não é forte o suficiente para te possuir totalmente. Ele teve de separar-te em dois para poder ficar com o teu corpo. A tua parte boa é demasiado forte para ele - Violet agarrou a mão dele com o desejo de lhe passar alguma positividade. 
- Não tenho a certeza se isso vai resultar uma segunda vez. Só consigo retornar ao meu corpo se a outra metade quiser. Não posso sair do Mundo dos Espíritos sem ter algo para voltar. Se o Saeva conseguir o meu corpo, a minha alma vai desaparecer eventualmente e ele ficará comigo para fazer o que bem entender. 
       Violet não sabia o que dizer. Nenhuma frase saia-lhe da boca. 
- Bem, então vamos continuar a procurar. Pode ser que consigamos ler os livros com o passar do tempo. - Violet levantou-se e começou a procurar na estante oposta. - Levanta-te, Troy Evans! Não vamos sair desta situação se continuares sentado - disse, ao pegar num terceiro livro de capa verde escura. 
- Deixa-me ajudar-te com isso. 
- Não. Eu consigo. Vai procurar na estante a seguir. 
- Está bem - ele sorriu. 
     Melody juntou-se à irmã passado uns minutos. Horas passaram enquanto os três procuravam por algo que pudesse ajudar contra a destruição do Saeva ou pelo menos o seu aprisionamento. As palavras começavam a fazer sentido para Troy mas num ritmo demasiado lento. Mesmo assim, ele conseguiu descodificar a maioria das letras e com a ajuda das gémeas formaram o alfabeto de Qaya. Deste modo puderam, ainda que com lentidão, ler os títulos dos livros e decidir se seriam de ajuda ou não em vez de pegar num ao calhas. 
     Ryan, que tinha adormecido, levantou-se e foi ter com o grupo à mesa redonda. 
- Precisam de mim? 
- Sim, Bennett, podes ir ver se encontras um título deste género? - Troy passou-lhe uma folha de papel com um nome escrito. 
- Claro. 
     Ele foi para o fundo da biblioteca e começou a sua excursão. Troy tinha escrito um título demasiado vago mas mesmo assim ele não o questionou. As letras de Qaya pareciam quase todas as mesmas e Ryan começou a ponderar quanto tempo demoraria a encontrar o livro. 
- Troy? Disseste ao Ryan para ir procurar um livro? 
- Sim, o que tem? 
- Ele não pode tocar nos livros. 
- Ele sabe, Melody. Se ele o encontrar, ele chama-me. Não te preocupes - Troy voltou a colocar a atenção no papel. 
- Vou procurá-lo. Aposto que ele nem se lembra do que o Qaya disse. 
       Melody começou a procurar no lado oposto onde Ryan estava. O tamanho da biblioteca também não ajudava. 
- Ryan - chamou. - Onde estás? - Ninguém respondeu. - Onde é que ele se meteu... 
- Evans! - gritou ele. - Melody! 
     Ela correu para o centro da biblioteca e viu a irmã e Troy parados à escuta. 
- Foi o Ryan, andem - disse ela. 
      Ryan saiu do meio das estantes e foi para o corredor. Os seus olhos azuis estavam bem abertos e na mão tinha um livro. As gémeas e Troy pararam a meio do caminho completamente em choque. As gémeas olharam entre si e Ryan parecia cada vez mais aflito. Melody e Ryan encontraram-se no centro do corredor e ela não conseguiu evitar que as mãos lhe puxassem a camisola para cima. O rosto dela foi iluminado pela luz cinzenta que saia da marca. 
- Tu... Ryan... 
- O que isto significa, Melody? 
- Tu és a... - ela olhou para a irmã atrás de si. - Violet... Ele tem a... 
- Melody, o que se passa comigo? - perguntou Ryan, completamente aflito. 
     Ele deixou o livro cair e a luz cinzenta desapareceu. A marca deixou de brilhar e ficou preta como se fosse feita de tinta. Melody colocou o dedo na forma pintada situada no local do estômago e disse com a voz fraca: 
- Tu és a personificação de Plutão, Ryan - Melody baixou-lhe a t-shirt e virou-lhe as costas. 
      Violet seguiu a irmã com o olhar e foi ter com ela passado uns segundos. Agora era só ele e Troy estavam no corredor. 
- Que merda é que acabou de acontecer? 
- Deixa-me ver - Troy puxou-lhe a camisola e viu a marca preta do Planeta Plutão. - Caraças Bennett.


◄◊► 



      Minutos depois, Troy e Ryan estavam a perguntar-se porque é que a gémeas - Melody especialmente - estavam tão mal. Violet disse ao Troy que era melhor se eles não fossem chateá-las e ali estavam eles. As gémeas estavam no sofá onde Ryan tinha adormecido e eles em pé ao lado da mesa redonda. 
- Deixa-me ir falar com a Melody, Evans - disse ele. - O que é que eu fiz para ela estar assim? 
- Não sei, mas a Violet diz que é melhor não fazermos nada. Mais tarde ou mais cedo vamos saber por isso tem calma. Anda sentar-te. 
- Não me apetece. 
- Apetece-te sim - Troy obrigou-o a sentar-se mas mesmo assim ele tinha os olhos postos no sofá. - Nunca tiveste ataques de poderes ou assim? 
- Não, claro que não - disse ele, mas pensou melhor. - Sim, mas fiquei a pensar que eram coisas da minha cabeça - respondeu, ainda com os olhos postos no sofá. 
- Porque não me contaste nada? 
        Ele tirou os olhos do sofá e colocou-os no melhor amigo. 
- Julguei que eram efeitos secundários da quimo. Pensava que estava livre do cancro mas o cancro não se tinha visto livre de mim. Não sei... As alucinações não eram regulares... se calhar devia ter colocado mais tempo nisso mas não queria voltar a desaparecer outra vez. 
- Tenho quase a certeza absoluta que essas alucinações eram o teu antecessor a falar contigo e a tentar ativar os teus poderes. Acredita, ainda estou nesse caminho - pousou a mão no ombro dele e sorriu. 
- Pois. Podiam era arranjar outra maneira de o fazer. 
- Que tal vermos o que consegues fazer? 
- Agora? Evans, as gémeas estão prestes a ter um ataque ali naquele sofá e queres brincar? 
- Elas não querem saber de nós agora... Anda lá. 
     Ao levantarem-se, Ryan teve de ficar de costas para as gémeas para dizer finalmente que sim. 
- Tenta qualquer coisa. 
- Está bem. 
     Ryan abriu as mãos e na sua mente desejou que aparecesse uma luz. A energia fluiu com mais naturalidade do que ele pensava. A luz apareceu e iluminou o rosto dos dois. Eles sorriram. 
- Vamos, mostra-me mais! 
     Ele não sabia que mais fazer. Não sabia que poderes tinha e como ativá-los. Por isso pensou em teletransportar-se. Respirou fundo e sentiu os pés a levantarem do chão. Abriu os olhos e desequilibrou-se. 
- Whoa, Bennett, cuidado - disse Troy com as mãos levantadas e a admirar a luz azul acinzentada. 
- Como é que eu paro isto? Troy?
     Ryan estava quase a desaparecer. As gémeas viram a luz do sofá e ficaram a olhar para ela. 
- Ryan - murmurou. 
- Troy! - gritou Ryan. 
        Troy tentou agarrar-lhe a mão mas Ryan desfez-se em nevoeiro e desapareceu. 


◄◊► 



        Ryan estava no seu quarto. O cheiro da sua casa e a familiaridade com os objectos à sua volta fizeram-no desejar nunca mais sair dali. Ele foi para o corredor e chamou pela mãe. 
- Mãe? Estás no escritório? 
- Ryan? - ele ouviu. A mãe apareceu no final direito das escadas. - Querido, onde te meteste? Estava a ficar tão preocupada. 
     Eles abraçaram-se. 
- Que roupas são essas? Cheiras a esgoto! Onde é que tu e o Troy se meteram? - perguntou a mãe a passar a mão pela cara suada e o cabelo desalinhado dele.
- Estivemos na praia e andámos de bicicleta, só isso. Que horas são? 
- Oito e qualquer coisa da noite. O teu pai vai chegar daqui a bocado com grelhados. Vai tomar um banho e trocar essas roupas. Onde as arranjaste? 
- Um amigo emprestou-mas - beijou-lhe o rosto e dirigiu-se para a casa de banho. 
- Eu chamo-te quando o teu pai chegar. 
- Está bem! - e fechou a porta. 
     Foi como se ele nem tivesse ido embora mas ele não podia ficar. 
- Um banho e roupas lavadas não vão prejudicar o mundo, não é? É - disse a si mesmo enquanto se despia. - Vou demorar dez minutos no máximo - ele olhou para a banheira grande e as bolinhas de espuma ao lado do gel de banho. - Meia hora na Terra não é nada... Podia... Não. Ryan. Concentra-te. 
        Ele colocou-se debaixo do chuveiro e deixou a água quente aquecer-lhe o corpo. Só nesse momento se apercebeu das dores nas costas. Lavou o cabelo e o resto do corpo. Saiu do chuveiro e secou-se. Enrolou uma toalha à volta das ancas e pegou noutra para enxugar o cabelo castanho. Olhou-se no espelho e surpreendeu-se com o reflexo. Estava igual ao que ele se lembrava mas não sentia-se igual. Os seus olhos miraram a tatuagem preta no local do estômago. O que mudou? Tudo. 
       Ryan saiu da casa de banho e apercebeu-se que se a mãe o visse com uma marca preta no torso ela iria passar-se da cabeça. Andou o mais depressa possível para o quarto e fechou a porta. Deitou-se na cama e sentiu um cansaço invadir o seu ser. Obrigou-se a levantar e a vestir-se. Colocou uns boxers limpos e nunca se sentiu tão confortável como naquele momento. 
- Merda para o Evans que tem um espírito atrás dele - resmungou enquanto via o que tinha nos cabides do armário. 
         Tirou uma camisola cinzenta com mangas azuis escuras e uns calções pretos. Colocou meias e calçou os ténis. Tinha agora de arranjar uma desculpa para sair de casa. Mas primeiro, desceu as escadas e foi ter com os pais à mesa de jantar. 
         A comida parecia ter vindo do céu. No entanto, despachou-se a comer e tentou ao máximo minimizar a conversa com os pais. Especialmente porque eles queriam saber o que ele tinha feito nestes últimos dias e ele não tinha muitas ideias naquele momento. Depois do jantar, os pais foram ver televisão para a sala e ele colocou os pratos na máquina de lavar. 
- Mãe, pai, vou à casa da Catarina num instante, volto já! - disse sem dar-lhes oportunidade de dizer que não. 
        Pegou na bicicleta e três minutos mais tarde estava à porta da Catarina. Deu-lhe um toque primeiro e depois mandou-lhe uma mensagem. Ela apareceu na porta com um olhar incrédulo. Abraçou-o assim que o viu. 
- O que é que estás aqui a fazer? Aconteceu-te alguma coisa? O Troy está bem? 
- Calma, Cat - sorriu. - Estamos todos bem. Posso entrar ou queres ficar aqui fora? 
- Ficamos aqui fora pode ser? Não quero acordar a minha mãe. 
- O que se passa? 
        Ela ficou a ponderar se devia dizer-lhe, ou não, algo durante alguns momentos. Acabou por decidir que devia. 
- Supostamente, o Júpiter raptou-me e estou aqui com a permissão dele e daqui a uns momentos estamos prestes a voltar à casa dele...? Ok, isso não soou bem. Ele raptou-me, ele... está a raptar-me? Ele não é um bom raptor. 
- Ele está aqui? Agora? Júpiter? 
- Sim. Juro-te que não estou a gozar - Ryan ia entrar em casa e Catarina impediu-o. - Não... Está tudo bem. Ele não vai fazer-me mal. 
       Uma luz azul bebé apareceu atrás de Ryan. 
- Plutão? - disse incerto. Ryan virou o rosto para encará-lo. Júpiter parecia confuso - Quem és? 
- O que queres com a Catarina? 
- O que queres tu com a Catarina? 
- Sou o melhor amigo dela. Quero a sua segurança.
- Eu também quero muita coisa, miúdo - retorquiu. Ele olhou melhor para o rapaz e lembrou-se. - És o amigo do Tema júnior, não és? - Júpiter encostou o Ryan à parede. - Como voltaste de Lymph? 
- Júpiter pára, o que estás a fazer? - inquiriu a tentar conter a voz. 
- Qual é o interesse? 
- Quero garantir a segurança da MINHA galáxia. Vou fazer o trabalho completo à linhagem daquela peste do Tema. 
- Queres matar o Troy!? Ele não tem culpa de nada do que está a acontecer-lhe! Ele não escolheu ser a reencarnação do Tema! 
- Temos muita pena - colocou o antebraço no pescoço dele. - Vais dizer-me como entrar em Lymph ou vou ter de usar outros métodos? 
- Júpiter, pára com isto - Catarina tentou afastá-lo de Ryan mas não conseguiu. Júpiter parecia ser feito de pedra.
- Não te vou dizer nada. 
- Outros métodos então. 
        Júpiter levantou o braço que não segurava o corpo do Ryan pelo pescoço e Catarina levantou os pés do chão. Ele atirou-a até à parede e como se a mão dele estivesse a agarrar no pescoço dela, Catarina começou a sufocar. O corpo flutuante dela mexia-se enquanto tentava libertar-se mas o controle de Júpiter era demasiado forte. Ryan não conseguia olhar para aquilo nem mais um minuto. 
- Eu digo-te! Eu digo-te! Solta-a! - Júpiter não se mexeu. - Solta-a! 

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